Eu Mediadora
O Mediador é um profisional e merece respeito social e profissional, pelo trabalho que desenvolve quer nos Sistema Públicos, quer nos Sistemas Privados. Aliás, se pensarem bem, os mediadores são meros prestadores de serviços nos Sistemas públicos de mediação, não são trabalhadores dos Sistemas, mas convidados a trabalhar "à peça". Pagam os seus impostos e segurança social, mas não são reconhecidos como profissionais. Cumprem regras éticas e deontológicas, mas parece que face ao Estado não têm identidade ou voz. No entanto, face ao tipo contratual, somos todos mediadores privados, alguns a trabalhar para o Estado.
Associações há nuitas, mas com pouca ou nenhuma representatividade e, neste sentido, em busca de uma legitimidade que lhes permita falar em nome dos mediadores junto das entidades governamentais que regulam e gerem a mediação de conflitos.
A profissão de mediador é uma profissão em procura da sua dignificação e de capacidade de representação.
Não a ter permite, apenas, que alguns, homens e mulheres de bem e, sem dúvida, com boas intenções, surjam como representantes dos mediadores, mas sem mandato.
É urgente lançar a discussão pública sobre o papel do mediador na mediação de conflitos pública e privada, com a participação de todas as entidades existentes e de mediadores individuais que queiram participar. Associações privadas sem fins lucrativos, entidades privadas que se dedicam à mediação e mediadores individuais.
O Princípio não deve ser o da exclusão, mas o da inclusão...ou então que princípios defendemos enquanto mediadores?
Isabel Oliveira